Deus criou o mais formidável mecanismo a ser utilizado no aprimoramento de suas criaturas. É algo vivenciado por todos os seres, quer na forma material, habitando um corpo físico, quer na forma espiritual, quando liberto da conhecida matéria. Essa sua invenção é chamada de Oficina do Tempo. Os seres humanos que habitam a Terra têm uma noção de seus benefícios. Quem já não se feriu e, após alguns dias, viu o ferimento desaparecer gradativamente? Quem já não presenciou uma calma estiagem, após dias de incessantes tempestades? Será que alguém que chorou por uma perda ou uma frustração, num passado distante, nunca mais voltou a sorrir? O tempo por vezes cura, por vezes conforta, outras vezes leva o homem a esquecer suas feridas. Já os seres espirituais têm, com esse divino invento, a chance de rever seus erros, de se arrepender, de reparar danos causados aos semelhantes, de saber o momento certo para tudo, e de recomeçar uma nova jornada terrena.
As reflexões feitas em A Força da Vida, de Anna Gurgel, nos levam a questões pertinentes num mundo cibernético onde o material, o tecnológico e o espiritual tendem a ocupar um só espaço no pensamento dos homens. Anna Gurgel reúne ensinamentos de seres espirituais sobre a pergunta que, apesar de todo o avanço da tecnologia e da ciência, continua um mistério: Há provas da finitude da consciência após a passagem para o mundo espiritual? O raciocínio do leitor se defrontará com esta e muitas outras questões que incentivam a curiosidade e o confronto com a transcendência.